domingo, 15 de março de 2009

Industrialização do interior da paraíba

O estado da Paraíba ficou conhecido na região Nordeste pelo seu índice de pobreza em decorrência da baixa capacidade pluviométrica ali registrada, bem como a ausência de políticas públicas voltadas ao aproveitamento do potencial natural de uma região que, em seu aspecto físico, detêm uma gama de diversidade natural. Entretanto, constata-se que esse cenário vem ganhando um aspecto bem diferenciado nos últimos anos. Evidentemente, isso se baseia no fato de que cada vez mais o interior do Estado paraibano vem galgando patamares jamais vistos em anos anteriores. de acordo com um levantamento da 'Federação das Indústrias da Paraíba' (FIEP), cidades do interior do Estado vem ganhando cada vez mais estruturas que viabilizam melhores condições de vida, de tal modo que cada vez menos as pessoas têm sido obrigadas a sair de sua região para conquistar espaço em grandes centros urbanos do Brasil. Assim, cidades como Patos, Pombal, Sousa, Cajazeiras e São Bento estão desenvolvendo um parque industrial capaz de assegurar uma vida mais equilibrada aos sertanejos.

Para se ter uma ideia, por exemplo, de acordo com FIEP, São Bento "é movimentada por 300 pequenas, médias e grandes indústrias têxteis que fabricam 600 mil redes/mês. Ao todo, são 1,2 mil teares funcionando dia e noite para atender à demanda de consumo em vários estados brasileiros". Além disso, a implementação de novas técnicas que, associadas a novas tecnologias, tem proporcionado o surgimento de uma diversidade produtiva na área têxtil na cidade que, no passado fabricava unicamente redes de dormir. Assim, é muito comum a iniciativa da ampliação na diversidade produtiva em fábricas possuidora de máquinas mais modernas.

Essa incipiente realidade, não pode mais ser considerada como algo insignificante, haja visto que o conjunto de pequenas e médias empresas estão se responsabilizando, em parte, pelo crescimento nas exportações dos produtos brasileiros. Segundo o (BNDES), O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, há 223 aglomerados de empresas de pequeno porte no País, que respondem por 1,3% da população ocupada do País (794 mil pessoas) e representam 7% das exportações brasileiras (US$ 5,2 bilhões). Estes 'aglomerados produtivos' são grupos de 50 ou mais empresas que atuam num mesmo segmento econômico, têm destaque no município de origem e peso nacional". Isso ressalta a importância desses municípios em crescimento industrial e que estão localizados geograficamente em regiões maltratas pela seca. Isso evidencia um caráter próprio do povo nordestino. Trata-se do seu potencial produtivo decorrente da sua constante luta para assegurar a sua subsistência. Quem poderá negar que foi, graças à força de trabalho do povo nordestino que os grandes centros urbanos do país se consolidou!
A produtividade desenvolvida em São Bento gera muitas oportunidades de trabalhos e promove a melhoria nas condições de vida do povo aí residente. Essa melhoria das condições de vida não se restringe unicamente a assegurar as necessidades básicas de subsitência, mas, também, promove muitas comodidades, luxo e requinte. Recentemente, O Correio da Paraíba publicou uma matéria destacando o resultado decorrente da produtividade têxtil. Segundo a matéria: "Uma cidade com mansões com piscina, área de lazer e ar-condicionado central, carros importados, pessoas usando pulseiras e colares de ouro maciço, taxa de crescimento de 1,53% ao ano e um PIB per capita de R$ 3.470, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Estamos falando de São Bento, no Alto Sertão da Paraíba, onde os 'redeiros' conseguiram expandir o comércio de redes de dormir e hoje exportam a 'grife São Bento' para várias partes do mundo".
Isso é fruto de muito trabalho de pessoas que conseguiram se firmar a partir de muita luta e força de vontade.

Um comentário:

railson sb disse...

nossa cara gostei muito é muito intereçante quero dar meus parabens viu muito massa !